Há dez anos, Porto de Galinhas era apenas uma praiazinha no Nordeste com um nome engraçado. (Explicação: na encarnação passada o local era usado por piratas franceses para desembarcar escravos contrabandeados, que eram escondidos em caixas embaixo de engradados de galinhas-d’angola.)
Antes de ser descoberta pela mídia, a vila tinha algumas casas de veraneio, uma ou outra pousada, mas a maior parte dos visitantes de outros Estados ia e voltava no mesma dia — algo muito fácil, já que Porto de Galinhas está a apenas 60 quilômetros, de Boa Viagem, no Recife.
Hoje, com vários hotéis e dois resorts instalados ao, norte da vila (e também ao sul, em Serrambi), a situação se inverteu: Os turistas agora saem de Porto de Galinhas para reconhecer Recife e voltar no mesmo dia.
A bem da verdade, os novos hoteis não ficam exatamente em Porto de Galinhas: ficam ao norte da vila, distribuídos ao longo de oito quilômetros nas do Merepe (bonita, mas perigosa para banho), do Cupe (com alguns trechos protegidos por recifes) e de Muro Alto (a mais bonita, mas também a mais longínqua).
A maioria dos visitantes acaba ficando longe da maior atração de Porto de Galinhas, que é a própria vilazinha. É lá que, na maré baixa, aparecem as piscinas naturais, cristaliníssimas, e muito, muito perto da areia. É também por lá que rola a vida noturna, com bons restaurantes, inúmeros botecos e um animado forró. A vila em si é bem compacta.
A qualquer hora, o fervo acontece em torno do mesmo lugar: a pracinha à beira-mar, onde as jangadas, onde as jangadas estacionam de dia e se os bares abrem as portas à noite. A praia em frente às piscinas é relativamente pequena; na maré alta, a faixa de areia quase desaparece — hora de procurar refúgio nos bares debruçados na orla.
O charme do lugar está num certo “estilo Porto de Galinhas’, sintetizado pela galinha-d’angola que é o logo-tipo da praia — e que se materializa no uso generoso de cores fortes por todo lado, e nos objetos transadinhos à venda na cidade inteira.
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